terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sobre o show da Cláudia Leitte

Durante anos quis ver o Rock in Rio de perto. Dez anos pra ser mais exato. Há pouco tempo comecei a juntar dinheiro mas, infelizmente, não consegui ir à cidade do Rock. Acompanhei pela Tv assim mesmo e digo: talvez tenha sido melhor.

Pude ver, da área vip da minha casa, vários efeitos, ângulos e comentários sobre cada um dos shows e, humildemente, me considero numa posição mais privilegiada (de telespectador) para falar sobre os shows que passaram por aquele palco.

Um dos shows, talvez o mais controverso, tenha sido o da lindíssima Cláudia Leitte. Fiz esse post numa tentativa de expor meu ponto de vista: a uma porque, vai, considero verdade parte do veiculado. A duas, porque queria me manifestar, inclusive, sobre as inverdades (depreciá-la virou hábito, pelo que vejo).

SOBRE AS VERDADES:

1 - Claudinha, não gostei da sua roupa. Achei simples demais, achei feia, parecida com um conjuntinho de short + blusa que minha mãe comprou pra minha irmã (de 10 anos) nas praias de Fortaleza, pra fazer as vezes de saída de praia. A diferença é que o seu tinha mais brilho. De qualquer forma, me remeter à saída de praia da minha irmã não foi algo legal.
Pergunta: você pode controlar o que cada um dos (milhões) de telespectadores pensam?
Resposta: Não. Mas nós podíamos contornar esse tipo de associação, eu acho. Não sou stylist, mas deve ter alguma coisa que caia melhor para o evento que aquilo.

2 - Claudinha, eu não curti quando você começou a mesclar os sucessos do rock com suas músicas. Entendi sua intenção, de aproximar suas músicas ao gênero musical do evento, mas achei forçado, sabe? Se convidaram você, a Cláudia Leitte, excelente cantora de axé, por que não cantar só axé? Ia ser muito mais legal ter esse tempero puro, sem qualquer intervenção.
Pergunta: Ter feito essa mescla foi feio?
Resposta: Não. Eu que expressei minha opinião aqui. :)

3 - Claudinha, aquela corda no final do show foi má idéia. Não sei se você treinou antes naquele negócio (risos), mas ter te visto chacoalhar as pernas no ar, de cabeça pra baixo, foi, risível, no mínimo.
Pergunta: A ideia foi boa?
Resposta: Sim. Talvez nenhum outro faça igual no Rock in Rio, mas podia ter sido melhor executada. (Vide o bateirista do Slipknot, que tocou bateria inclinado; Ivete que voou no palco do Madison, e de onde acho que você tirou a ideia).

4 - Claudinha, deixei a corda do caranguejo por último porque tenho interesse pessoal na história: uma prima, que estava lá na frente, acabou deslocando o ombro por causa do empurra-empurra. Achei que foi ingenuidade você colocar justo essa música no Rock in Rio. Minha opinião pessoal: essa música sempre dá m-e-r-d-a, devia ser banida até que fosse pensada uma forma de cantá-la sem que ninguém se machuque, rs.
Pergunta: Sua intenção foi agitar a galera e fazer uma corda do caranguejo legal?
Resposta: Tô em dúvida e, na dúvida, te absolvo, rs. Acho que sua intenção foi das melhores. Mas, por favor, não repita mais isso: nem na sua casa, nem fora dela!

SOBRE AS INVERDADES

1 - Sabe, achei que você teve muito peito pra cantar no Rock in Rio. E mais: pra repetir a dose nos próximos anos. A Rita Lee, do alto de sua experiência, bem resumiu: "cantar em ninho estranho não é para maricas". Você pensou na sua entrada fabulosa, pensou nas músicas (pra fazer aquelas mesclas teve algum trabalho, diferente de muitos que só chegam e cantam) e pensou na saída (mal executada, mas uma tentativa louvável).

2 - De fato achei que o burburinho sobre o seu show foi muito. Comentários embasados (poucos) ou não (muitos), achei que seu show serviu ao mesmo próposito que o dos demais shows: agitar a galera.

Pronto, era isso.

Claudinha, eu não sou seu fã, mas curto algumas de suas músicas. Não achei apropriado o seu show no Rock in Rio, mas talvez isso seja fruto da minha mente pequena. Você é uma cantora maravilhosa (ao ponto de criticar a Rihanna por não controlar a respiração o que até eu, leigo, notei que ela não estava fazendo), tem uma família linda (morro com a fofura do seu filho e com seu marido lindo) e, tipo, você é um tremendo mulherão.

Fé, força, coragem: você tem tudo pra vencer. Ainda mais do que já venceu.

Abraços de um mini fanzinho que te quer bem de longe, rs.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ao aniversariante, com amor.

Existem dois garotos numa estrada. Ambos jovens, bonitos e inteligentes. Um desses garotos correu um pouco mais no caminho, e pode-se dizer que ele é...vivido. Tem seus afazeres, suas responsabilidades, sua vida. E tem também a cabeça feita: sabe o quer, aonde vai, e está bem focado nisso.

O outro garoto é mais jovem. É incrível por ser tão deliciosamente bonito. Parece aquele café, com cheirinho gostoso, que você toma de manhã e vai feliz tocar sua vida. Conquanto a idade não ajude, esse garoto mais jovem também é inteligente, também é vivido. Já disse que ele é bonito? Ele é lindo. :)

Em algum ponto da estrada eles se encontraram, um em cada lado da rua. Atravessá-la era difícil para ambos, então eles seguiram...conversando lado-a-lado, um em cada lado. Não sou capaz de precisar quanto tempo faz que andam juntos, mas sei que vez por outra se separam na estrada. Um vai mais longe, e depois volta. O outro também. Acho que é vontade de atravessar a rua, estariam ambos se pressionando. Ou não...pode ser vontade de ir embora. De abrir as asas e buscar algo mais real que uma caminhada solitariamente acompanhada. Algo mais tátil e tangível do que andar sendo observado.

Houve um dia em que um dos garotos (aquele, dito mais vivido) estava depressivo. Daí veio o garoto mais jovem e mais bonito e mandou uma mensagem de esperança, dali, do outro lado da rua. "Por que você não vem logo pra cá?", o garoto vivido depressivo pensa. "Por que você também não vem." retruca mentalmente o outro garoto.

É um equilíbrio de forças que não pendem pra nenhum lugar. Nenhum dos dois se dispõe a chacoalhar essa balança. E o perigo é que ela não sirva para mais nada, além de só segurar seus pesos estáticos.

Hoje o garoto mais jovem completa 19. E é muito bonito de ver como ele germina. O outro garoto, do outro lado da rua, vê que ele se movimenta, vê que ele mexe a terra procurando espaço pra fincar raízes sólidas. Acha tudo isso magnifíco, e faz questão de regá-lo e nutrí-lo, tanto quanto a distância da rua entre ambos permite.

Talvez não seja pra eles atravessarem a rua. Quem sabe os dois encontrem alguém melhor para compartilhar a caminhada. Mas se a vida de ambos um filme fosse, talvez o final mais romântico (e o melhor final, eu diria) seria o garoto mais vivido, finalmente, atravessar a rua. E ir descansar à sombra daquele garoto, esplendoroso como o maior dos salgueiros.

Parabéns, aniversariante. Que você cres''ca tão lindo como eu te desenhei nos meus sonhos. E que um dia tua sombra me acolha e me conforte, justo quando eu precise.