domingo, 12 de setembro de 2010

Como você desenharia o arco-íris?

Estava com este texto engavetado tem alguns meses. Decidi compartilhá-lo com vocês, na esperança de que gostem.


"Hoje vi um filme que me deu muito em que pensar. Um filme sobre ignorância, homossexualidade e religião. Um filme sobre a inerente vontade de ser quem se é, face aos olhos semicerrados e um tanto oblíquos de uma fé cega.

Depois de ter visto o filme (e de ter chorado muito), escrevi este texto. O escrevi, pois creio que todos procuram por amor, por compaixão e por compreensão, não importando a condição sexual. O escrevi, também, por acreditar que o mundo precisa disso, acima de tudo. O escrevi, porque creio que é nesse sentido que vivem os gays. Ao imaginar o arco-íris, sinal máximo de representação da comunidade GLBT, não vejo sinal mais claro e óbvio de amor e compreensão. Pode parecer um tanto estranho pensar num amontoado de cores desta forma, mas vejamos:
Quando peço a uma criança que ela desenhe o arco-íris, o primeiro problema com o qual ela se depara é: Que cores vou usar? Claro, uma criança pode até saber quais são as sete cores do arco-íris, mas acreditem: esta é uma criança prodígio. Eu, em tantos e tantos anos já vividos não as sei, imaginem, então, quais as cores que milhares e milhares de outros adultos responderiam, quando questionados de igual forma.
Uma criança pode simplesmente pintar o arco-íris com cores aleatórias. E aí está a beleza da coisa: uma criança pinta o arco-íris exaltando a diferença entre as cores, indiferente ao fato de que aquelas cores podem não ser as cores mais comumente utilizadas para se pintar um arco-íris. Um adulto, por outro lado, poderia encerrar sua jornada artística ali mesmo, dizendo: “não posso pintar o arco-íris sem saber quais as cores que vou usar”. Novamente a beleza se exalta: nós nunca saberemos as cores. Podem haver mais cores, além das sete; podem ser diferentes aos olhos de cada um; podem não ser aquelas que sempre pintamos; podem... Podem... Podem...
Seguindo na árdua tarefa de pintar um arco-íris, e desta vez utilizando somente as crianças (já que estas vão mais longe que os adultos, como acabei de demonstrar), o segundo problema com o qual uma criança se depararia, ao pintar um arco-íris, seria: qual a ordem das cores?
Para não pensar demais, a criança que pinta novamente dá um baile, espalhando as cores de qualquer forma, conforme o acaso lhe guia distraidamente aos pincéis. Para quê pensar demais, certo? O mundo é uma bagunça mesmo, não existe ordem! Por que não pintar o arco-íris de qualquer jeito, também, e seguir a filosofia caótica que rege o universo? Porém, podem fazer o teste: a criança que pinta um arco-íris costuma utilizar as cores quentes sobre as cores escuras. Isso falando de crianças que amam e são amadas. Leiam como se eu tivesse dito: pessoas que amam vêem o mundo mais quente, vêem o mundo mais colorido, vêem o mundo mais brilhante. Por isso acredito que não há poesia maior (e amor maior) que desenhar seu próprio arco-íris. Porque aceitar todas as cores numa só reta, seguindo para um mesmo caminho (e vindo de um mesmo lugar), em qualquer ordem, tonalidade, nuance, ou, ainda, sem qualquer predeterminação, é uma tarefa muito extenuante, que só uma criança é capaz de completar. Os adultos, até hoje, não a completaram. Nem com cores, nem com pessoas."

“Há crianças, como o Bobby, sentadas nas Igrejas. Desconhecidas de vocês, elas estarão a escutar, enquanto vocês ecoam ‘Amém’. E isso depressa silenciará suas preces. As suas preces a Deus, por compreensão, aceitação e amor. Mas o seu ódio, medo e ignorância da palavra ‘gay’ irão silenciar essas preces. Por isso, antes de ecoarem ‘Amém’, nas suas casas e locais de adoração, pensem! Pensem e lembrem-se: uma criança está escutando.”  (Fala retirada do filme “Prayers for Bobby”)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ampliando visões

Olá, galerinha!!!

De plano: não disse no título que ia "ampliar horizontes" porque é muito clichê. Muito mesmo. Também não disse "ampliando fronteiras" porque é a cara da TIM. E, enfim...não teço comentário sobre a qualidade dos serviços da operadora.


Faz uma semana que não posto aqui no blog, e isso me deixou um pouquinho nervoso: tive muita coisa pra fazer esses dias, e tô pedindo férias já! =D Muito ansioso pra viajar, não vejo a hora!

Último dia de trabalho amanhã, partindo pra uma nova empreitada. Novos contatos, novas pessoas, novas responsabilidades,... novo tudo. Vocês sabem como é aquela rotina de novo emprego, né? Pois bem.

Hoje fiquei refletindo sobre as pessoas, de um modo geral. É incrível como elas vão e vem na nossa vida. Pessoas que eu imaginei que nunca mais encontraria voltam; pessoas que eu pensei que nunca mais teria contato vem falar comigo. Só me resta ser bondoso e tentar ajudá-los ao máximo. É, ajudá-los.

Digo isso porque, se não fosse por eles, não seria quem sou. Este inteiro. Este aqui que vos fala. Se não fossem as decepções, que me fizeram crescer, talvez eu fosse outra pessoa. Diz meu pai: "É ralando o joelho, que o couro fica grosso". Foi ralando que fiquei mais forte. E é ralando que vou crescer, cada dia mais.

Remeto os amigos que leem aos blogs shut-upbitch, malesonbox, aiqueabsurdo e dxpp. São os blogs que frequento, e são muito bons, por sinal! =)

Um dia meu blog vai ser como o deles.

Abraço pra quem fica!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Ano Novo

Primeiro post do ano, galerinha!!!!!!

Com imensa satisfação, inicio mais um ano deste meu blog! Satisfação justificada pela possibilidade de escrever aqui, por saber que alguém lê o escrito e satisfação por ver o embalo dos últimos dias!

Sim, o embalo dos últimos dias me anima bastante, pois é muito bom ver a atual regularidade com que posto no blog. Sabe, me meti em muita coisa nessa vida, mas, das empreitadas começadas, muito poucas foram terminadas. Daí vem a satisfação: saber que o blog está ganhando um ar novo.

Como já disse, 2009 foi um ano bastante agitado, com muitos altos e baixos e bastante descoberta. 2010 pode vir com tudo!

Sendo bem sucinto neste primeiro post do ano (já que a ressaca ainda bate na minha porta), agradeço aos amigos que me deram dicas e que me dão forças pra tocar o barco adiante. Não só os virtuais, mas os reais também. Afinal, são os amigos reais que estão presentes de fato nas minhas aventuras, enquanto os amigos virtuais estão acompanhando da janelinha, com pipoca. ^^

Por fim, gostaria de fazer um adendo, para quem interessar: esses dias, estive em contato com um rapazinho muito educado, formado em jornalismo, que também trabalha com um blog: ele é Hernan Fernandez, do blog Ai, que absurdo!

Remeto vocês à leitura do blog. Tem uma veia cômica super engraçada de se ler, sem mencionar, claro, as fotos de um extremo bom gosto. Aproveitem!

No mais, aguardo os comentários! É bom saber quem tá vivo neste 1o. de janeiro.

Beijoquinhas!